O custo marginal para a produção de energia na Amazônia e no Nordeste é 53%, maior do que o valor nacional. Esse ônus se deve à indisponibilidade de máquinas retiradas de serviço para manutenção ou restrições operativas nas duas regiões, segundo matéria divulgada ontem pelo Canal Energia, site especializado na internet.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica diz que o Preço de Liquidação das Diferenças, o PLD, permanece em seu valor máximo, que é de R$ 388,48 por megawatt/hora para o período de 24 a 30 de janeiro. Mas se eleva adicionalmente em 53% nas duas regiões mais pobres do país porque estão fora de operação dois megawatts médios, dos quais 1,3 mil MWmed de hidrelétricas e 170 MWed de térmicas. Infelizmente não detalhou integralmente a localização dessas carências de geração de energia.
A CCEE explicou ao site que a redução na disponibilidade das hidrelétricas decorre principalmente do excesso de água que verte nos reservatórios do rio Madeira, em Rondônia que tem prejudicado a produtividade das suas duas usinas. Elas estão entre as cinco maiores do país. Garante, porém, que, mesmo com a queda da rentabilidade, Santo Antônio e Jirau “permanecem enviando o máximo de energia para a região Sudeste, dentro dos limites das linhas de transmissão”.
Nem podia ser de outra maneira, diante do risco de blecautes por causa do alto consumo de energia no Sudeste, Centro-Oeste e Sul, em função das altas temperaturas nessas regiões. Nelas, nos momentos de pico, há a ameaça de a demanda superar a oferta de energia, como aconteceu no dia 19.
Mesmo não estando nessa situação, a Amazônia paga mais caro por ser província energética do país. A maior parte da geração vai para fora da região, onde a exigência é maior.